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Onda de calor

Altas temperaturas: Uma séria ameaça para a vida e a saúde humana.

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As altas temperaturas representam uma séria ameaça para a vida e a saúde humana, especialmente em períodos de ondas de calor cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas. O calor extremo pode causar diversos problemas de saúde, desde desidratação e exaustão térmica até complicações mais graves, como insolação e falência de órgãos.

Grupos vulneráveis, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas, são os mais suscetíveis aos efeitos das temperaturas elevadas. A exposição prolongada ao calor intenso pode levar à desidratação severa, pois o corpo perde líquidos e sais minerais essenciais para o seu funcionamento. Além disso, o sistema cardiovascular é sobrecarregado, aumentando o risco de infartos e derrames.

Outro perigo das altas temperaturas é o impacto na saúde mental. Estudos indicam que o calor excessivo pode contribuir para o aumento do estresse, ansiedade e até mesmo surtos de agressividade. Além disso, a privação do sono devido a noites quentes pode comprometer a cognição e o bem-estar emocional.

Levantamento global da Germanwatch revela os efeitos devastadores dos eventos climáticos extremos. Quase 800 mil pessoas morreram em todo o planeta em decorrência de eventos climáticos extremos, como tempestades, inundações, secas, ondas de calor e incêndios florestais, de 1993 a 2022. Além das vidas ceifadas, esses eventos provocaram perdas econômicas que totalizam impressionantes US$ 4,2 trilhões, em valores corrigidos pela inflação.

Sobre o Brasil, o relatório afirma que os eventos climáticos extremos mataram 137 mil pessoas e provocaram perdas de mais de R$ 10 bilhões no período. O documento destaca eventos recentes no país, como os incêndios devastadores na Amazônia, no Pantanal e no Cerrado em 2024. Assim como as chuvas torrenciais e enchentes intensificadas pelas mudanças climáticas, associadas à falta de medidas preventivas, que desalojaram cerca de 1 milhão de pessoas e causaram 251 óbitos, sendo a maioria no Rio Grande do Sul.

No município de Osvaldo Cruz, mapeamento feito pela Divisão de Climatologia Amadora do Grupo de Operações de Emergências de Radiocomunicações – GOER, mostra que a temperatura máxima tem chegado a próximo a 38ºC com sensação térmica beirando os 50ºC conforme aplicação da tabela de cálculo de sensação térmica do Núcleo de Climatologia Aplicada da Universidade de São Paulo.

Os efeitos do calor extremo não se limitam ao organismo humano. O aumento da temperatura pode agravar a poluição do ar e intensificar a formação de ilhas de calor urbano, tornando as cidades ainda mais quentes. Isso compromete a qualidade de vida da população e sobrecarrega os sistemas de saúde, que enfrentam um aumento no número de internações e atendimentos emergenciais.

Para minimizar os riscos associados ao calor extremo, é fundamental adotar medidas preventivas, como hidratar-se adequadamente, evitar a exposição direta ao sol nos horários mais quentes, usar roupas leves e manter os ambientes ventilados. Além disso, é essencial que as autoridades adotem políticas públicas eficazes para mitigar os efeitos das ondas de calor, garantindo assistência adequada às populações mais vulneráveis e promovendo ações de sustentabilidade que reduzam o impacto das mudanças climáticas.

Diante desse cenário, a conscientização sobre os perigos das altas temperaturas é crucial para proteger a saúde e a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Adotar hábitos saudáveis e medidas preventivas pode fazer a diferença na luta contra os impactos do calor extremo.


ALESSANDRO A. ROMANO, especialista em Proteção e Defesa Civil, Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, MBA Gestão em Segurança Pública, Radioamador PY2OCZ, Membro fundador do GOER, Grupo de Operações de Emergências de Radiocomunicações de Osvaldo Cruz e instrutor da Help Life Treinamentos.

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