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Polícia investiga morte de médico voluntário em abrigo no RS

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul iniciou uma investigação sobre o médico voluntário Leandro Medice, de 41 anos, que morreu na madrugada desta segunda-feira (13), em um abrigo na cidade de São Leopoldo.

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Foto: edup.ecowas.int

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul iniciou uma investigação sobre o médico voluntário Leandro Medice, de 41 anos, que morreu na madrugada desta segunda-feira (13), em um abrigo na cidade de São Leopoldo. Os agentes aguardam os resultados do laudo de necropsia para eliminar suspeita de homicídio.

A delegada Mariana Studart, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Leopoldo, responsável pela investigação, disse à CNN que não havia nenhum sinal de violência aparente no corpo do homem nem no local em que foi encontrado, conforme perícia de atendimento no local. "A princípio, não houve crime, mas aguardamos o laudo e todas as medidas policiais cabíveis foram e estão sendo tomadas", afirma.

O médico deixou a cidade de Vila Velha, no Espírito Santo, no último domingo (12), para auxiliar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, e, supostamente, morreu de morte súbita.

Quem era Leandro

Leandro Medice Passos Costa nasceu no dia 18 de agosto de 1982. Além da medicina, também era formado em fisioterapia. Inclusive, atuava nessa área antes de começar a trajetória como médico.

Segundo João Paulo Martins, marido do médico, Leandro iniciou a faculdade de medicina logo após se formar em fisioterapia. "A paixão dele sempre foi a medicina", diz. Em seguida, acrescenta, ele se especializou em cardiologia.

Leandro já atuou em UTIs e integrou a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Atualmente, trabalhava focado em transplantes capilares, inclusive tendo participado de eventos sobre esse tema como palestrante.

"Depois da pandemia, ele sofreu muito. Tivemos perdas em nossa família e ele já estava tentando trocar de área. Fez uma pós em estética e transplante capilar. E hoje ele era referência em transplante capilar no Espírito Santo. Passamos a receber pacientes de outros estados e de outros países, que confiavam no trabalho dele e no clima acolhedor que conseguíamos passar no ambiente de nossa clínica", comentou João Paulo.

Em uma página destinada a avaliações de profissionais da área da medicina, Leandro colecionava elogios. "Pensei que sentiria muitas dores, porém o Dr. Leandro, com o seu preparo psicológico e técnico desmistificou todos esses sentimentos, me fazendo sentir super bem durante o procedimento. E o resultado foi melhor que o esperado", escreveu uma paciente.

"Médico atencioso, esclarecedor é ético! Foi muito minucioso nas explicações na hora do atendimento", relatou outra.

Leandro e João Paulo estavam juntos desde 2018. "Iríamos fazer seis anos de casados neste ano. Nosso lazer era sempre viajar. Sempre que tínhamos um fim de semana livre pegávamos estrada e íamos para algum lugar conhecer e fazer nossa história", lembra o marido.

"Éramos unidos 24 horas. Morávamos juntos, trabalhávamos juntos e nosso lazer era sempre muito divertido quando estávamos só eu e ele", acrescenta.
O casal tinha uma viagem marcada para Cancun, no México, para onde iriam, em agosto, comemorar o aniversário de Leandro.

"Nossos pacientes estão arrasados. Seus amigos e sua família, que ele sempre priorizou, estão todos destruídos com essa notícia tão triste que pegou todos de surpresa, por ele não ter nenhum problema de saúde", comenta João Paulo. "Ele era uma pessoa muito querida por todos. Era honesto e sempre muito prestativo, não sabia dizer não às pessoas", complementa.

(*Com informações de Fábio Munhoz)

Fonte: CNN Brasil

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