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Caso brigadeirão: polícia deve indiciar cigana e namorada de empresário por homicídio

Até o início da próxima semana, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deve indiciar Suyany Breschak, que se apresenta como Cigana Esmeralda nas redes sociais, e a namorada de Luiz Marcelo Ormond, Júlia Pimenta, por homicídio qualificado contra o empresário de 44 anos.

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Até o início da próxima semana, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deve indiciar Suyany Breschak, que se apresenta como Cigana Esmeralda nas redes sociais, e a namorada de Luiz Marcelo Ormond, Júlia Pimenta, por homicídio qualificado contra o empresário de 44 anos.

Fontes da Polícia Civil afirmaram com exclusividade à CNN que têm convicção da ação de Júlia e Suyany e que as duas devem ser indiciadas pela prática de homicídio de Ormond, que faleceu após comer um brigadeirão envenenado.

Além dos indiciamentos relacionados diretamente à morte da vítima, a polícia informou à CNN que, ao todo, seis pessoas serão indiciadas pela compra e venda das armas do empresário, que configura crime previsto no Estatuto do Desarmamento. As duas já mencionadas e outros quatro homens envolvidos neste outro crime relacionado ao caso. Veja a lista:

  • Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada do empresário
  • Suyany Breschak, cigana, amiga e mentora espiritual da namorada do empresário
  • Leandro Jean Rodrigues Catanhede, namorado da cigana
  • Victor Ernesto de Souza Chaffi, amigo da cigana e de Leandro
  • Michael Graça Soares, suposto comprador das armas
  • Geovani Tavares Gonçalves, intermediador da compra

Fontes ligadas à investigação afirmam que todos iriam se beneficiar da venda das armas e, alguns dos envolvidos, de outros bens de Ormond, como o carro, computadores e relógios.

Ainda de acordo com a polícia, o indiciamento dos envolvidos e o pedido de prisão preventiva de Julia e Suyany devem ser enviados ao Ministério Público do Rio de Janeiro até o início da próxima semana. Caso o MP aceite, os envolvidos serão denunciados e responderão em processo.

Os investigadores também apuram se Leandro e Victor seriam cúmplices do assassinato de Luiz Ormond.

O delegado responsável pelo caso, Marcos Buss, disse à CNN que as duas mulheres poderão responder ainda por outros crimes, como falsidade documental e lavagem de dinheiro.

Possíveis penalidades

O artigo 17 do Estatuto prevê a pena de 6 a 12 anos para quem adquirir, receber, transportar, expor à venda ou de qualquer forma utilizar arma de fogo sem autorização legal ou regulamentar.

A pena a ser aplicada às mulheres pelo homicídio pode variar por causa do entendimento da Justiça e de qualificadores da lei. O crime de homicídio qualificado com uso de veneno possui pena prevista de detenção de 12 a 30 anos, de acordo com o artigo 121 do Código Penal.

Considerada a pena máxima de ambos os, Júlia e Suyany podem ser condenadas até a 42 anos de prisão, após a resolução e julgamento do caso.

A apreensão das armas

A Polícia Civil apreendeu as armas de Luiz Marcelo Ormond nesta segunda-feira (10) em operação na região dos Lagos, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Os agentes chegaram ao armamento depois da análise dos celulares apreendidos durante diligências.

A apreensão é resultado do envolvimento dos outros dois participantes na venda das armas: Geovani Gonçalves e Michael Soares, sobrinho de Giovani.

Em um depoimento, Geovani diz que estava em um bar, em Cabo Frio, no dia 23 de maio, quando avistou Victor Chaffin em um veículo. Victor teria afirmado que o carro era de uma amiga e perguntou ao depoente se tinha interesse nas armas.

Geovani disse que não, mas que conhecia um amigo que tinha interesse. Em seguida, Victor afirma que, além das armas, o carro também estava à venda, pedindo R$ 20 mil pelas armas e R$ 40 mil pelo veículo.

Polícia apreendeu as armas nesta segunda-feira (10). / Polícia Civil do Rio de Janeiro

Segundo Geovani, o valor do veículo estava baixo, o que causou estranheza. Victor afirmou a ele que o namorado da suposta amiga havia falecido e que ele tinha ido à casa do casal recolher os bens.

Nessa oportunidade, Victor ofereceu 12 relógios, 2 computadores e um aparelho de ar-condicionado lacrado. No dia seguinte, Geovani apresentou o “amigo” interessado ao vendedor: Michael, seu sobrinho.

Geovani diz que, nesse encontro, percebeu irregularidades na arma e orientou seu sobrinho a não comprá-la. Michael teria adquirido os itens mesmo assim e pediu ao tio que compartilhasse o comprovante de pagamento de R$ 14 mil com Victor.

Depois de tomar conhecimento da morte do empresário, Geovani contatou seu sobrinho para colaborar com as investigações. Assim, Michael se predispôs a devolver as armas e determinou um lugar para que os investigadores pudessem realizar a apreensão.

Fonte: CNN Brasil

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