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Brasil registrou 6 casos de antissemitismo por dia em 2024, diz estudo

O Brasil registrou quase 6 casos de antissemitismo por dia em 2024, segundo o relatório.

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Foto: CNN Brasil

O Brasil registrou quase 6 casos de antissemitismo por dia em 2024, segundo o relatório. Ao todo, foram contabilizadas 886 denúncias, número seis vezes maior em números de casos em comparação com o mesmo período anterior.

Os dados são da segunda edição do Relatório de Antissemitismo no Brasil, organizado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), com a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e o Departamento de Segurança Comunitária (DSC), divulgando em evento no Clube Hebraica, em São Paulo, nesta terça-feira (11).

"Nós estamos indo para o caminho no qual a intolerância está se normalizando e isso é muito ruim", afirma Claudio Lottenberg, presidente da Conib, em entrevista à CNN. De acordo com ele, a atual sociedade polarizada e intolerante é cultural e deve ser combatida.

Brasil registrou 12 casos de antissemitismo por dia após ataque do Hamas

Apenas entre 1º de outubro e 31 de dezembro do ano passado, o Brasil contabilizou 1.119 denúncias de antissemitismo – cerca de 12 por dia –, aumento de quase 800% sobre as 125 denúncias do mesmo período.

O crescimento dos casos contra comunidade judaica foi desencadeado pelo ataque de Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, de acordo com o estudo. O agravamento do conflito completou 8 meses na última semana.

Somente em novembro de 2023, foram 18 denúncias de antissemitismo por dia, 18 vezes mais do que a média de 2022.

Nós temos que agir de maneira educacional, principalmente nas escolas, onde nos vemos manifestações antissemitas de crianças, que talvez aprendam nas suas próprias casas

Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (FIESP)

O levantamento contabiliza atos de antissemitismo de agressão verbal e física contra membros da comunidade judaica nas ruas e no entorno de sinagogas, além de vandalismo (pichações, adesivagem e cartazes antissemitas e nazistas) e apologia (distribuição de panfletos, jornais e cartazes pedindo o fim do Estado de Israel ou com tropos antissemitas genéricos). Além disso, a violência on-line foi levada em consideração.

Antissemitismo nas redes sociais

A pesquisa ainda mostra que os ataques à comunidade judaica cresceram nas redes sociais — foram mais de mil em 2023, crescimento de mais de 400% na comparação com o ano anterior. O Instagram concentrou a maioria dos casos no Brasil (43%), em segundo lugar está o X (32%), que globalmente ocupa a primeira posição.

Em 2022, os ataques on-line correspondiam a pouco mais da metade dos ataques, proporção que saltou para 74% em 2023. Publicações de discurso antissemita foram feitas por meio de notícias e informações falsas ou manipuladas, vezes por perfis falsos. Imagens geradas por inteligência artificial também foram usadas para atacar o povo judeu.

Os números são alarmantes e demandam ações urgentes de combate ao ódio aos integrantes da comunidade judaica brasileira" afirma o presidente da Conib.

Fonte: CNN Brasil

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