Um influenciador digital é alvo de uma operação que combate um esquema de importação criminosa de smartphones em São Paulo, na manhã desta terça-feira (1).
Ele é investigado pelos crimes de descaminho e falsidade ideológica e se diz especialista em importação dos celulares sem pagamento de impostos.
A Operação Ifraud cumpre oito mandados de busca e apreensão na capital paulista e em outras seis cidades do estado. Ao todo, 25 fiscais da Receita Federal e 35 agentes da Polícia Federal participam da ação.
A investigação aponta que o suspeito propagava atividades ilegais para milhares de seguidores em suas redes sociais. Ele possui 650 mil seguidores no Instagram e 250 mil no Youtube.
Segundo a PF, o influenciador ensinava seus alunos a importar os produtos dos Estados Unidos. Ele orientava seus clientes a realizarem transações com “sites parceiros” que ajudariam na compra dos aparelhos, sem o pagamento de tributos.
Além da importação criminosa, o suspeito fornecia os telefones importados ilegalmente diretamente a outros clientes. A polícia aponta que ele mantinha uma rede de cúmplices responsáveis pela importação ilícita e a distribuição dos smartphones.
Auditores da Receita interceptaram duas remessas de encomendas dos celulares. Nos dois casos, os responsáveis não apresentaram documentos de origem legal dos aparelhos.
A empresa identificada como distribuidora das importações ilegais teve uma movimentação financeira de R$ 45 milhões e adquiriu R$ 1,8 milhão em criptomoedas, em 2023.
Nos primeiros 100 dias de 2024, a companhia comercializou mais de 3 mil smartphones sem qualquer nota fiscal de entrada da mercadoria no país. O valor das vendas é de mais de R$ 14 milhões.
A Receita Federal estima que o esquema criminoso causou um prejuízo de cerca de R$ 50 milhões aos cofres públicos.
Veja na ilustração abaixo como é funciona o esquema investigado.
O influencer ostentava carros e mansões de luxo na internet, provenientes dos lucros das atividades ilícitas. Por outro lado, seus alunos tiveram suas encomendas apreendidas pela Receita Federal.
A operação ainda busca identificar outros participantes no esquema fraudulento. Os envolvidos podem responder por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, descaminho, associação criminosa, falsidade ideológica e outros crimes.
Fonte: CNN Brasil