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Cisjordânia

Israel mantém intensidade de guerra em Gaza apesar de operação no Líbano

Pelo menos 90 pessoas foram mortas em vários ataques israelenses em Gaza durante a madrugada de quarta-feira (2), enquanto a guerra no enclave não mostra trégua.

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Pelo menos 90 pessoas foram mortas em vários ataques israelenses em Gaza durante a madrugada de quarta-feira (2), enquanto a guerra no enclave não mostra trégua.

Em Khan Younis, ao menos 51 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num ataque israelense durante a noite, disse o Ministério da Saúde de Gaza.

"Várias vítimas ainda estão sob os escombros e nas estradas", disse o ministério, acrescentando que "as ambulâncias e as equipes de defesa civil não conseguem alcançá-las".

Um membro da Defesa Civil de Gaza disse que os ataques israelenses começaram na terça-feira (1º) numa área "onde centenas de pessoas deslocadas se abrigavam" e as equipas enfrentavam dificuldades nas missões de recuperação devido à falta de equipamento.

A CNN entrou em contato com os militares israelenses para comentar o ataque em Khan Younis.

Na Cidade de Gaza, os militares israelenses afirmaram ter realizado ataques a duas escolas. Pelo menos 21 pessoas foram mortas nos ataques aos locais onde os palestinos estavam abrigados, muitas delas crianças, disseram a Defesa Civil e uma fonte médica do Hospital Al Ahli, na Cidade de Gaza.

Os militares afirmaram que realizaram ataques "precisos" e que tinham como alvo "centros de comando e controle do Hamas" dentro de "complexos que anteriormente serviam" como escolas na Cidade de Gaza.

Num outro incidente na cidade de Gaza, a Defesa Civil e o Hospital Al Ahli afirmaram que quatro pessoas morreram, incluindo duas crianças.

Os bombardeios de artilharia israelense ao sul de Wadi Gaza, perto de Netzarim, mataram 14 pessoas durante a noite, e os ataques aéreos em Nuseirat, no centro de Gaza, mataram seis pessoas, de acordo com o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa.

A CNN entrou em contato com os militares israelenses para comentar. Anteriormente, eles haviam dito que "as tropas identificaram dezenas de suspeitos movendo-se em sua direção" e "representando uma ameaça imediata para eles". Os soldados abriram fogo contra os suspeitos e "os acertos foram identificados".

Os ataques ocorrem menos de 24 horas depois de o Irã, aliado do Hamas, lançar centenas de mísseis contra a maior cidade de Israel, Tel Aviv.

Entenda a escala nos conflitos do Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio.

De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.

Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

Fonte: CNN Brasil

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