Ataques israelenses na Faixa de Gaza mataram pelo menos 30 palestinos desde a noite de segunda-feira (5), disseram a mídia e médicos palestinos nesta terça-feira (6), enquanto o exército israelense apertava seu cerco nas áreas do norte do enclave.
Um ataque aéreo danificou duas casas na cidade de Beit Lahiya, no norte de Gaza, onde o exército realizou novas operações desde 5 de outubro, e matou pelo menos 20 pessoas na noite de segunda, disseram a agência de notícias oficial palestina WAFA e a mídia do Hamas.
O Ministério da Saúde de Gaza não confirmou imediatamente o número de mortos. Quatro outras pessoas foram mortas na cidade central de Gaza, Al-Zawayda, por volta da meia-noite de segunda, informaram médicos.
Autoridades de saúde palestinas disseram que seis pessoas também foram mortas em dois ataques aéreos israelenses separados na Cidade de Gaza e Deir Al-Balah, na área central do estreito enclave.
O exército israelense disse, sem dar detalhes, que suas forças “eliminaram terroristas” na Faixa de Gaza central e na área de Jabalia.
As tropas israelenses também localizaram armas e explosivos no último dia na área sul de Rafah, onde “locais de infraestrutura terrorista” foram eliminados, disse.
Os palestinos disseram que os novos ataques e as ordens israelenses para as pessoas evacuarem tinham como objetivo esvaziar duas cidades do norte de Gaza e um campo de refugiados para criar zonas de proteção.
Israel diz que suas forças mataram centenas de atiradores palestinos e desmantelaram a infraestrutura militar em Jabalia no mês passado.
Nesta terça, aviões israelenses lançaram folhetos sobre Beit Lahiya ordenando que os moradores que ainda não deixaram suas casas e abrigos que abrigam famílias deslocadas deixem a cidade completamente.
“Para todos aqueles que permaneceram em casas e abrigos, vocês estão arriscando suas vidas. Para sua segurança, vocês têm que ir para o sul”, disse o folheto, que foi escrito em árabe.
Incursão na Cisjordânia
Mais de 43.300 palestinos foram mortos em mais de um ano de guerra em Gaza, dizem as autoridades em Gaza, e grande parte do território foi reduzido a ruínas.
A guerra começou depois que militantes liderados pelo Hamas atacaram Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e levando 251 reféns de volta para Gaza, de acordo com contagens israelenses.
Na Cisjordânia ocupada por Israel, o Ministério da Saúde palestino disse que pelo menos quatro pessoas foram mortas nesta terça durante um ataque militar israelense e ataques aéreos.
A violência aumentou na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza, com varreduras quase diárias por forças israelenses que envolveram milhares de prisões e tiroteios regulares entre forças de segurança e combatentes palestinos.
Fonte: CNN Brasil