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Acidente Aéreo

Voo é interrompido no ar após pilotos deixarem passar erro técnico, diz investigação

Um voo cheio de turistas precisou ser interrompido no ar devido a um erro técnico que fez com que a aeronave falhasse na pressurização.

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Foto: CNN Brasil

Um voo cheio de turistas precisou ser interrompido no ar devido a um erro técnico que fez com que a aeronave falhasse na pressurização.

Um relatório oficial sobre o incidente ocorrido no ano passado revelou que as 193 pessoas a bordo do voo da Tui Airways, que partia do Aeroporto de Manchester, no Reino Unido, com destino a Kos, na Grécia, “foram expostas ao risco de hipóxia.”

Um alerta de altitude da cabine foi acionado no Boeing 737-8K5 em 17 de outubro de 2023, enquanto o avião sobrevoava Lincolnshire, no leste da Inglaterra.

A aeronave retornou a Manchester e não houve feridos, mas o relatório da Agência de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB, na sigla em inglês) afirmou que as pessoas a bordo provavelmente estiveram em risco de queda nos níveis de oxigênio durante o incidente.

A investigação revelou que os interruptores que regulam a pressão do ar dentro do avião, conhecidos como interruptores de ar comprimido, estavam desligados durante o trabalho de manutenção realizado no sistema de ar-condicionado antes da decolagem. Esse erro não foi identificado pela tripulação durante as medidas de segurança pré-voo.

Um dos engenheiros que realizou a manutenção na aeronave disse aos investigadores que acreditava que os interruptores tinham sido “retornados à posição original” após a verificação do sistema de ar-condicionado do jato. Um segundo engenheiro não percebeu que os interruptores estavam, de fato, na posição desligada.

A falha também não foi detectada pelos pilotos, nem antes da decolagem nem durante as “verificações pós-decolagem”, conforme apontado no relatório.

Quando o erro foi identificado, os pilotos ligaram os interruptores novamente, mas o relatório constatou que a tripulação não tomou outras ações previstas no Manual de Reação Rápida em resposta ao alerta. Essas ações incluíam o uso de máscaras de oxigênio.

O relatório sugeriu que os pilotos acharam que ligar os interruptores era suficiente para corrigir o problema e que outras medidas seriam “desproporcionais”.

“Contudo, o uso imediato das máscaras de oxigênio teria dado proteção imediata a ambos os pilotos contra qualquer risco de hipóxia e permitido que eles esclarecessem a situação com o maior risco já removido”, disse o relatório.

Após os interruptores serem religados, o avião continuou a subir, mas o sinal de alerta permaneceu aceso por 43 minutos antes de qualquer ação ser tomada para interromper a subida e consultar a equipe de manutenção da Tui no Aeroporto de Manchester, informou o relatório. O capitão então tomou a decisão de retornar a Manchester.

A hipóxia cerebral – que ocorre quando o cérebro é privado de oxigênio – pode acontecer se um avião atinge uma altitude muito alta ou se houver uma perda de pressão na cabine. Também pode ser resultado de intoxicação por monóxido de carbono ou inalação excessiva de fumaça proveniente de um incêndio.

A reação de cada piloto à hipóxia é diferente, de acordo com a Administração Federal de Aviação (FAA). Porém, é extremamente difícil para uma pessoa perceber quando está ocorrendo, pois o início dos sintomas é sutil.

A CNN entrou em contato com a Tui para um comentário.

Fonte: CNN Brasil

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