
Recebe R$ 100, mas quase R$ 60 já têm destino certo. Esse é o retrato das famílias brasileiras, segundo um levantamento que revelou: a cada R$ 100 recebidos, apenas R$ 42 sobram após os gastos essenciais.
Esse valor é calculado com base numa renda média familiar e uma cesta básica de consumo, que inclui os itens essenciais: saúde, transporte, educação, cuidados pessoais e alimentação no domicílio.
Na prática, esse indicador mostra quanto a família média brasileira consegue gastar em atividades secundárias que impactam na qualidade de vida, como lazer, roupas, reforma na casa, viagens etc.
Segundo os cálculos da pesquisa, a inflação dos itens essenciais dessa cesta encerrou 2024 em 5,8%, enquanto o IPCA uma porcentagem de 4,8%.
A situação é ainda pior quando olhamos somente para as famílias de menor renda. Para se ter uma ideia, a família média das classes D/E têm apenas 20,6% de folga no orçamento domiciliar.
Para controlar essa inflação, o Copom promoveu um aumento de 1pp na taxa básica de juros, para 13,25% — e deve promover mais um em março. O mercado já projeta a Selic fechando 2025 em 15%.
Fonte: The News