
A história da Julê Confeitaria, de Ilha Solteira, começou em 2023 com uma produção de 40 pães de mel. Hoje, a fabricação chega a 8 mil unidades do doce por mês. A trajetória de sucesso da empresa foi retratada no quadro Sebrae Transforma, disponível nas redes sociais do Sebrae-SP.
Com o objetivo de mudar de vida, Juliana de Oliveira Nadruz e seu marido, Fabio Monteiro Ferrarez, saíram da capital para morar no Mato Grosso do Sul. Sem conseguir atuar na área de zootecnia, ela começou a vender doces de porta em porta e em frente de fábricas para ajudar na renda do casal. No início, o produto principal eram as trufas que Juliana aprendeu a fazer com a mãe e a avó.
"Comida para mim é afetividade. Em todos os momentos bons da minha vida, a família estava sempre reunida em volta da mesa", contou Juliana. Junto do marido Fabio e do sogro José Ferrarez, a confeiteira começou a se especializar no Sebrae Aqui de Ilha Solteira para comercializar os seus produtos. Fábio conta que eles fizeram todos os cursos que foram disponibilizados na cidade. Do mais básico ao mais complexo, como o Empretec.

A partir das capacitações, eles começam a enxergar o negócio de uma maneira mais profissional, incluindo uma melhor gestão dos custos, gestão de estoque, divulgação e posicionamento da marca. "Nossa história como empresa está diretamente ligada ao Sebrae, que esteve presente em todos os momentos", diz Fábio.
Na Páscoa de 2023, a Julê passou pela sua primeira dor. Com equipamentos antigos e um erro de cálculo, a confeitaria quase quebrou. Foi preciso resiliência e o apoio novamente do Sebrae para que continuassem a acreditar no futuro do negócio. Foi feito um novo planejamento e, de uma Páscoa inicial com faturamento modesto, multiplicaram em sete vezes o rendimento anterior.
Uma das metas da empresa era participar da Feira do Empreendedor e isso foi possível em 2024. Eles fizeram toda uma preparação, passaram por treinamento e levaram os pães de mel para serem expostos no espaço colaborativo Compre do Pequeno. No local, contaram sua história, venderam todo o estoque em dois dias e saíram do evento já com um estande garantido para 2025.
Foi na feira que Juliana foi abordada com uma pergunta simples, mas profunda sobre seu propósito. "Antes, o meu propósito era simplesmente produzir pão de mel e ganhar dinheiro. Eu não via além disso. Não percebia que o meu doce, que tantos gostavam, poderia ser mais do que apenas uma receita. Hoje, entendo que o meu verdadeiro propósito é proporcionar momentos de união familiar, resgatar memórias afetivas que atravessam gerações."
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Fonte: SEBRAE