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Dia da Consciência Negra

Maurício Pestana: um feriado que uniu um país

Quem vivenciou os anos de chumbo, como era chamado o período da ditadura militar, sabe o quanto era difícil se reunir, reivindicar ou até mesmo questionar qualquer atitude dos governos militares que aqui ditavam as regras.

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Foto: Reprodução internet

Até 30 de novembro, o Dia da Consciência Negra era feriado ou mesmo ponto facultativo em alguns estados, e em milhares de municípios brasileiros. Esses feriados locais e estaduais ainda encontravam muita resistência, principalmente pela tensão que o setor do comércio exercia, alegando sofrer prejuízos. E, quando não era boicotado, tentavam derrubá-lo com medidas cautelares.

Parte deste setor alegava “prejuízo” e desdenhava não somente do herói da pátria, Zumbi, mas também da população negra, esquecendo-se de um movimento silencioso, que ocorria não mais apenas na esfera do movimento negro e, sim, por diversas instituições privadas públicas e da sociedade civil, fazendo de Zumbi dos Palmares um ícone dos nossos tempos, estudado inclusive em instituições educacionais.

O agora feriado nacional de 20 de novembro é caso único no país! É a história de um herói negro, resgatado por entidades do movimento social, que uniram negros e brancos de várias tendências políticas e credos religiosos. Enfim, foi possível, em um país tão dividido, se fechar em um bem comum. Que venham outros exemplos como este e que possamos mudar o nosso futuro com mais igualdade, diversidade e inclusão.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Maurício Pestana: um feriado que uniu um país no site CNN Brasil.

Fonte: CNN Brasil

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